segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Voltando das férias

Desde o fim dos tempos de produção de conhecimento, forçado pela dinâmica universitária, a pessoa que escreve agora entrou em um período, digamos, de estagnação produtiva e reprodução sistemática de conhecimentos. É verdade que, essa situação gerada, foi ocasionada por eu mesmo. Parei de escrever para me ocupar de coisas não tão produtivas assim, ou até mesmo, me ausentar de ocupações.

Agora, decididamente, instigado por fatores externos a minha pessoa, volto a escrever para um blog totalmente novo. Não poderia deixar o tempo, tão importante para o trabalho do historiador, passar diante dos meus olhos sem registrá-lo. Simplesmente falar, não adianta. As criticas, as discussões de sala de aula precisam ser registradas para a posteridade.

Você que perde alguns minutos para ler o que escrevo, perca mais alguns para deixar um comentário. Suas criticas são importantes pra mim e, mais importantes ainda, para construir conhecimento. Obrigado pela visita!

"Lost" Episódio final - A decepção


Foram, aproximadamente, 3 meses para conseguir assistir todas as 6 temporadas do comentado seriado Lost. Antes me perguntava o que teria de tão bom em um seriado baseado em um grupo de pessoas que sobrevivem à queda de um avião?

Fantástico, caro amigo leitor. A fama que o seriado conquistou fazia juz aos episódios da série que quando comecei assistir se tornaram viciantes. Poderia comparar algum tipo de droga, mesmo sem nunca ter experimentado-as. Perdi muitas horas de sono, simplesmente porque não conseguia encostar minha cabeça no travesseiro sem pensar nos mistérios da ilha. Minha curiosidade instintiva me fazia levantar da cama e assistir mais um episódio da série em busca de entender os segredos que me fascinavam no seriado.

As leis da física se articulando com as teorias da História. Parecia perfeito. Viagens no tempo, teoria da relatividade, analogias entre presente, passado e futuro. Ao mesmo tempo em que os sobreviventes quebravam as barreiras do tempo/espaço no seriado, minha mente viajava pelo mundo da física quântica, pelas teorias da relatividade de Einstein, pela universo do conhecimento histórico e suas relações entre o passado e o presente.

Nesses devaneios, meu mundo se perdeu no tempo no mesmo momento em que o autor perdeu o controle do fantástico mundo criado por ele mesmo. Era o fim do diferencial que fazia da ilha de Lost a melhor série de todas. O universo de intelectualidade criada pelas viagens intertemporais e as teorias da física cederam lugar a mesmice de histórias comuns. A luta entre o bem e o mal.

Assim como os próprios personagens se sentiam perdidos na trama, afinal seria Lock ou Jack aquele que tiraria todos daquele inferno personificado em ilha, eu, entusiasta daqueles momentos em que os mistérios me tiravam o fôlego, agora assistia aos episódios não mais com a empolgação dos momentos em que a série me fazia suspirar e refletir sobre seus mistérios.

Para aqueles que ainda não assistiram, vale muito a pena assistir! No entanto, não se deixe levar pela empolgação das primeiras temporadas. Quanto mais alto for seu entusiasmo com início da série, maior será o “tombo” com os episódios finais.