domingo, 26 de outubro de 2008

Indignação. Revolta. Vergonha. Poderia me sentir diferente?


O resultado das eleições em Londrina é uma mostra de algo maior que, infelizmente, faz parte da mentalidade (ou a ausência dela) por parte do brasileiro. Ainda, não consigo assimilar os últimos episódios da política londrinense.

Bom, vamos aos fatos.

168 mil eleitores votaram em Belinati. Fato que me preocupa muito! O resultado das eleições é o espelho de um país pobre culturalmente e intelectualmente (COM TODAS AS LETRAS), além de demonstrar que estamos fadados ao subdesenvolvimento político, econômico, social e intelectual.

O resultado das eleições comprova que precisamos ainda caminhar muito, e muito mesmo, no campo da educação e da cultura. Somente uma população sem educação e sem cultura pode agir dessa forma. Como podemos almejar um desenvolvimento em um lugar onde não existe senso crítico e pessoas elegem um político que já foi cassado por escândalos de corrupção!

Enquanto historiador poderia dizer que a população londrinense é desprovida de memória. Ou então, ela não sabe valorizá-la e aprender com as “surras” tomadas no passado. Pra que serve mesmo o passado se a memória do londrinense falha ao relembrar de fatos acontecidos há 8 anos. Precisamos educar melhor os londrinenses e levá-los novamente a escola para aprender que a história é mais que nomes e datas.

Enquanto jornalista poderia dizer que, talvez, a imprensa não cumpriu o seu papel de informar a população. Os acontecimentos que marcaram a história política de Londrina não surtiram efeito na população. Os fatos não chocaram. O londrinense não se importou com a roubalheira. Ou então, as pessoas não ficaram sabendo do que aconteceu na outra administração do prefeito, que neste momento se elege. Precisamos melhorar a nossa cobertura.

Enquanto brasileiro, o resultado demonstrou que precisamos caminhar muito para que o povo tenha senso critico. Para que ele saiba votar. As propagandas sobre o “voto consciente” não surtiram efeito. Precisamos conscientizar nossos irmãos, vizinhos e amigos para que preste atenção em quem elegemos para ser nosso representante.

Enquanto londrinense sinto vergonha. Nada mais.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Humor erótico para crianças


Já ouviu falar em humor erótico para crianças? Então, ele existe. As piadas são sem graça. São transmitidas em pleno domingo na hora do almoço. E, para piorar, não há escapatória (pelo menos para as pessoas que não podem pagar tv por assinatura). A programação da Tv aberta neste horário não nos fornece boas opções.
É um absurdo, um programa que voltado ao público infantil, transmitido em pleno domingo as 12hs usar expressões, ou piadas como as descritas abaixo.


“Pra gato só falta o rabinho, no bom sentido”
“Aqui eu lavo, cozinho e PINTO” (ouve-se as risadas eletrônicas)


O velho Trapalhão precisa se aposentar.
Obs.: Confira o vídeo acima e tire suas próprias conclusões sobre o programa.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Fim de tarde.

Lago Igapó. Fim de tarde em Londrina. Um convite da natureza aos amantes de Londrina. Foto: Geofrei Dias

domingo, 12 de outubro de 2008

We Believe

Queen+Paul Rodgers
Ano:2008
Composição:Queen+Paul Rodgers

I believe there's no evil out there we didn't have a hand in
You believe it's a time for peace and a time for understanding
Some of us believe that we are chosen
And if God is on our side we'll win the game
And some of us believe that there's a heaven
When the trumpets sound and the judges call your name
But let's get it straight

I believe there's just once chance in this world to hear our brothers
You believe there's a better way to listen to each other
We don't get what the other guy is saying
We hear the words but we don't understand
So around the world the same old anger raging
And we all cry for shame and the same old tragedy goes down

We believe there's a better way to fight
There's a way to make our children safe at night
We believe there's a war we could be winning
But the only way to win it is to give what we need to receive

I believe we need a hero to step boldly from the shadows
You believe there must be someone on the scene that fits the bill
A man or a woman who knows how to say I'm sorry
With courage in his heart to match his creed
A leader who can build a brand new morning
And match the tide of changes
Match the intent with the deed

We believe there's a deed of obligation
To bring reconciliation
To make peace with every nation - in our time
We believe there's not a minute we should be wasting
When the darkness falls it's too late to fix the crime
It's peace that we need

Every father every mother knows the meaning
Human treasure that our leaders do forget
And the bullets fly in the face of common reason
And the pain we give is the legacy in the end we get

We believe there's a song that's worth the singing
It's a song of truth we're bringing
There's a way to share the Earth with everyone
We believe every creature has a being
Has a right to respect and feeling
To live and breathe and flourish in the sun

That's what we believe

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A volta da Rainha


A rainha inglesa do rock está de volta. É isso mesmo, "ladies and gentlemen". O Queen está de volta aos palcos e, agora, com shows marcados no Brasil. Há 28 anos atrás, o grupo fez um do mais memoráveis shows da história do rock. A apresentação do quarteto levou à cidade do rock, no Rio de Janeiro, aproximadamente 250 mil pessoas, nas duas noites de festival.

O grupo teve uma perca inestimável em 1991, quando o lendário vocalista da banda, Freddie Mercury, faleceu após contrair uma broncopneumonia em decorrência da AIDS. Os fans imaginaram que este seria o fim do grupo. A rainha do rock estaria fadada a fazer parte da lembrança dos fans de todo o mundo.

O show de Tributo a Freddie Mercury, em 1992, era mais uma evidência de que, talvez, eles nunca mais retornariam aos estúdios com o nome Queen. No entanto, 13 anos após o lançamento do último álbum com Freddie Mercury (Made In Heaven, 1995), o grupo retornou aos estúdios arrancando críticas de uns elogios de outros.

O vocalista de agora é o ex-Free e Bad Company, Paul Rodgers, cantor este que arrancava elogios de Mercury. Rodgers, que assumiu a posição que antes fora de Mercury lembra que Freddie Mercury é insubstituível. "A primeira coisa que busquei firmar em minha mente desde que oficializamos o projeto é de que não há substituto para Freddie Mercury. Pensando nisto, não tentei soar como ele, ou fazer qualquer coisa desse tipo. Simplesmente procurei ser eu mesmo", afirmou Rodgers em entrevista ao jornalista Thiago Sarkis.

O baixista nos tempos do grupo, John Deacon, decidiu se aposentar e também desfalcou a nova formação do grupo. O resultado da parceria entre Brian May, Roger Taylor e Paul Rodgers pode ser conferido no álbum que acaba de ser lançado.

Cosmos Rock é o primeiro disco gravado sem a participação de Freddie Mercury. O trabalho já rendeu algumas críticas mas, também, elogios. O futuro do grupo depende dos resultados obtidos por esse novo trabalho que chega agora ao Brasil. É a tentativa de ressuscitar um dos maiores grupos de rock da história, sem o seu principal mito. Com certeza, Mercury apoiaria o trabalho dos companheiros com o novo frontman. É como diz uma das últimas músicas gravadas por Mercury: "The Show Must Go On". (O show deve continuar)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Ônus da democracia

"Nem a mais branda das ditaduras é melhor que a pior das democracias", foi o que me disse a jornalista Linda Bulik enquanto conversávamos sobre as eleições municipais de Londrina.

Depois de longos anos na história do Brasil, diante do autoritarismo de um governo militar, o país parece ainda sofrer com as consequências da interrupção do direito ao voto durante o sombrio período de nossa história. Durante muito tempo o voto foi negado sob a alegação da "Lei da Segurança Nacional". Estávamos sobre o julgo do perigo da comunização, principalmente nas grandes cidades, onde foram decretadas eleições indiretas.

Durante a ditadura militar, Londrina se tornou a mais importante cidade paranaense, onde ainda eram realizadas eleições para prefeito e vereadores (Curitiba esteve nesse período sobre intervenção Federal).

Algumas lendas (ainda atuantes) da política londrinense, e até mesmo paranaense, surgiram nesse período. Antônio Casemiro Belinati foi um desses.

O fenômeno Belinati surgiu das camadas populares ainda em 1969, quando se tornou vereador pela primeira vez de Londrina. Em pouco tempo, Belinati (MDB) se tornou deputado, e de forma impressionante, ganhou a eleição municipal de 1976, assumindo pela primeira vez a prefeitura da cidade. Entretanto, depois de mais de 30 anos, qual o segredo para a conquista de tantos votos, mesmo após as inúmeras denuncias de corrupção que consumiram a câmara de vereadores de Londrina?

O ex-prefeito e, agora candidato favorito das massas londrinenses é o "retrato" do que a de pior na história da corrupção em Londrina. São escândalos, processos, denuncias e até uma cassação de mandato de pesa contra o candidato a prefeitura.

Por que Belinati conseguiria angariar tantos votos assim? A história do Brasil nos fornece a resposta.

Somos o país do populismo. Nossos mais emblemáticos líderes (podemos lembrar de Getúlio Vargas) são populistas e, com o Belinati, não seria diferente. O populismo está em seus atos, em seu discurso, em suas ações.

O número de votos angariados pelo político é o resultado de obras faraônicas que levaram prejuízos aos cofres públicos durante os mandatos anteriores. Não é uma questão de menosprezar as obras realizadas pelo ex-prefeito, mas o modo como elas foram relizadas. Uma de suas principais obras, e talvez, a que mais trouxe retorno em votos ao candidato, foi a construção do chamado 5 conjuntos, que acabou com muitas favelas que existiam na cidade e, ao mesmo tempo contraiu onerosas contas e prejuízos aos cofres públicos.

Os prejuízos deixados por Belinati para Londrina e para as outras gestões municipais, não provêm somente das onerosas obras mas, também, dos episódios de corrupção ativa e passiva dos quais participou o ex-prefeito. Me espanta após tantas propagandas que estimulam o voto consciente e reponsável, um ex-prefeito cassado receber absurda quantidade de votos de um povo que diz querer findar as crises de corrupção que assolam o cenário político municipal.

Me espanta o candidato responder tão naturalmente a pergunta de uma jornalista quando questionado se pretende combater a corrupção (aquela mesma pela qual foi cassado).

"Nem a mais branda das ditaduras é melhor que a pior das democracias". Mas, também lembro que democracias podem se transformar em ditaduras quando estamos sujeitos ao despreparo da população em escolher verdadeiros líderes. Somos não mais vítimas do governo, mas da população. A ditadura da democracia.